A carreira de um compositor pode ser uma grande aventura além das notas na partitura. Assim como qualquer outro trabalho, existe uma grande expectativa quanto as formas de monetização do trabalho, ou seja, a geração de renda! Afinal, se não for rentável, fica difícil se manter profissionalmente a longo prazo e a chance de virar somente um hobby passa a ser real. É preciso ter retorno para que o músico possa dedicar grande parte seu do tempo e dedicação a essa arte.
Entendo que existam 4 principais possíveis fontes de renda de um compositor musical, além de uma série de outra fontes relacionadas as habilidades do compositor (que eu provavelmente irei discutir em um artigo futuro).
Você sabe quais são?
1 - Direitos autorais | Royalties
Toda vez que uma composição sua for tocada comercialmente você deverá receber. Isso inclui direitos autorais sobre sua composição gravada por um artista (e tocada no radio, plataforma de streaming, etc), incluída como trilha sonora de um filme ou programa de televisão, ou ainda se for tocada em um concerto. Existem instituições especialmente dedicadas a fiscalização, recolhimento e distribuição de pagamentos relativos a isso.
2 - Encomendas
Orquestras, grupos, artistas encomendam podem encomendar uma ou mais peças. Podem vir com uma ideia ou apenas um briefing de preferência e estilo do grupo e deixam a criatividade por conta do compositor. Pagam um valor fixo acordado entre as partes.
Eu, por exemplo, tenho uma sessão aqui do meu site dedicada a encomenda de novas obras. Clique aqui para visitar.
3 - Venda (ou aluguel) de partituras
As duas formas anteriores também podem funcionar como venda de partituras. Se o artista ou grupo interessado conhece seu trabalho e gosta de alguma obra já produzida, é possível comprar ou alugar a partitura para poder tocar em um concerto ou evento. Neste caso o compositor recebe tanto pela venda da partitura quanto pelos royalties.
Eu, por exemplo, tenho uma sessão aqui do meu site dedicada ao meu catálogo de composições com partituras a venda. Clique aqui para visitar.
4 - Projetos autorais
Essa é uma forma ao mesmo tempo direta e indireta de remuneração. Ao mesmo tempo que você tem o potencial de remunerar através do projeto em si, você também deixa de gastar com direitos autorais de terceiros e amplia a divulgação do seu trabalho, gerando possíveis novos projetos e vendas.
A tendência é encontrar certa dificuldade em começo de carreira, já que o compositor ainda não tem um catálogo de obras gerando royalties, ou partituras vendidas. Por isso, o ideal é que cada um crie seu próprio legado para gerar bons resultados a médio e longo prazo.
É importante que o jovem compositor tenha conhecimento e esteja atento a todas as possibilidades reais do mercado para fazer escolhas de forma sustentável, com os pés no chão e muito planejamento. No final das contas, a renda do compositor será o somatório de todas estas possibilidades, além de possíveis outras atividades relacionadas a composição/arranjo. Mas, trabalhos auxiliares relacionados a criação musical é assunto para outro artigo!
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Sobre o autor
Rafael Piccolotto de Lima foi indicado para o Grammy Latino como melhor compositor erudito. Ele é doutor em composição de jazz pela Universidade de Miami e tem múltiplos prêmios como arranjador, diretor musical, produtor e educador.
Suas obras foram estreadas e/ou gravadas por artistas como as lendas do jazz Terence Blanchard, Chick Corea e Brad Mehldau, renomados artistas brasileiros como Ivan Lins, Romero Lubambo, e Proveta, e orquestras como a Jazz Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica das Américas e Metropole Orkest (Holanda).
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