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Foto do escritorRafael Piccolotto de Lima

Como Alimentar Sua Criatividade Musical?

Muitas pessoas me perguntam:


"Rafael, como é possível criar e produzir projetos tão diversos e ainda trazer algo novo sempre?"


Essa é uma dúvida comum, e neste blog, vou falar sobre um dos elementos que considero a chave para sermos melhores criadores musicais e realmente produtivos.



Desenvolva a Criatividade Através de Boas Referências e Repertório Variado

Desenvolver nossa criatividade é um dos meus tópicos favoritos e o tema central do meu curso de Processos Criativos. Vou compartilhar uma das dicas que abordo ao longo do curso: como alimentar nossa criatividade.


A chave é simples: nossa criatividade processa todas as informações que absorvemos, as experiências que tivemos e as coisas que ouvimos ou lemos. Ou seja, tudo que “entrou” na sua cabeça e ficou armazenado. A natureza faz sua mágica, produzindo conexões entre essas experiências, permitindo que criemos novas possibilidades e caminhos.


Escuta Musical: Ativa e Passiva

Esse processo pode ser realizado de maneira ativa ou passiva, e é importante entender como isso impacta o repertório musical. A atenção ao que se consome na rotina é essencial.


A escuta passiva ocorre quando se vai a um concerto ou se ouve uma gravação em casa enquanto se realiza outras tarefas, como cozinhar. Nesse caso, a música entra quase que inconscientemente, permitindo a apreciação do som sem uma racionalização excessiva.


Por outro lado, a escuta ativa envolve uma audição mais consciente. Isso inclui ouvir gravações acompanhando partituras ou tentando perceber detalhes a serem desenvolvidos. Ouvir referências diversas e fazer notas mentais são práticas que se transformam em conteúdo a ser desenvolvido posteriormente.


Ambas as formas de escuta musical são válidas e importantes, tanto pelo prazer da audição e pela relação emocional com a música quanto por serem maneiras naturais de alimentar a criatividade através da aquisição de repertório.


Como Colocar em Prática?

Vamos trabalhar com um exemplo prático. Se a intenção é compor uma peça de jazz moderno para big band, quais são os passos a seguir?


Primeiramente, é fundamental ouvir big bands, estudar os compositores que estão atualmente em destaque e entender as preferências estéticas existentes nesse universo musical, além das próprias preferências dentro do estilo. É importante buscar as melhores big bands e os músicos mais destacados que apresentam esse tipo de repertório como referência. Além disso, ouvir referências mais antigas ou de estilos musicais adjacentes pode fornecer um ponto de comparação valioso. Dessa forma, é possível, de maneira consciente, trazer essas informações para a mente e permitir que elas sejam processadas e amadurecidas.


Realizar anotações mentais sobre o que se gosta, o que não se gosta e o que se gostaria de explorar é essencial. Isso se assemelha a abastecer um veículo com gasolina: é preciso ter material para que a criatividade funcione!


Fomentando a Originalidade

Uma observação importante: quanto mais diversas e originais forem essas referências, maior a possibilidade de criar conexões únicas. Se ouço sempre a mesma coisa — o mesmo estilo, progressões de acordes ou estruturas musicais — a tendência é que, na hora de criar, eu tenha um resultado repetitivo.


Se a ideia é ser original, é preciso ouvir coisas diferentes e tentar criar relações novas. É daí que vem a originalidade.


Se nos alimentamos de boas referências, elas também aparecerão em nossa obra!

 

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Rafael Piccolotto de Lima - Compositor, arranjador, diretor musical, produtor musical e educador
Sobre o autor

Rafael Piccolotto de Lima foi indicado para o Grammy Latino como melhor compositor erudito. Ele é doutor em composição de jazz pela Universidade de Miami e tem múltiplos prêmios como arranjador, diretor musical, produtor e educador.


Suas obras foram estreadas e/ou gravadas por artistas como as lendas do jazz Terence Blanchard, Chick Corea e Brad Mehldau, renomados artistas brasileiros como Ivan Lins, Romero Lubambo, e Proveta, e orquestras como a Jazz Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica das Américas e Metropole Orkest (Holanda).


Criadores musicais (conteúdo educacional):

Rafael Piccolotto de Lima (conteúdo artístico):
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