Diretor musical: esse termo é relativamente abrangente. Um diretor musical pode atuar em uma diversa gama de atividades; desde a curadoria de um evento, concerto, festival, até o papel de um maestro, de um regente, frente à uma orquestra. Escolha de repertório, seleção artistas e grupos musicais também podem ser atividades exercidas por um diretor musical. Assim como escolhas artísticas e estéticas relacionadas a produção musical para obras audiovisuais, seja para cinema, televisão ou outras mídias.
O diretor musical é alguém numa posição de liderança e tomada de decisões. Decisões relativas a ideias macro, por exemplo, a escolha de artistas, de estilos musicais, ou de repertório, até decisões micro, no caso de um regente, por exemplo, que dá forma a música e define caminhos interpretativos.
Dependendo da posição que o diretor musical atua, habilidades diferentes são necessárias. Mas, algumas delas são essenciais a todos diretores musicais, eu ressalto duas:
Visão Artística: É ele quem toma certas decisões importantes sobre o caminho, justamente a direção artística.
Comunicação e liderança: Um diretor musical é um líder. Lideres precisam ser bons comunicadores. E mais do que a comunicação, é importante ter empatia e saber lidar com pessoas.
Um bom diretor musical geralmente vai ser também alguém criativo, tanto artisticamente, quanto em termos de realização, sabendo se utilizar dos recursos disponíveis e mostrando o caminho a ser trilhado por seu grupo.
Acredito que a capacidade de ser um diretor musical efetivo é extremamente útil para criadores musicais; compositores e arranjadores. Afinal de contas, uma das boas maneiras de trazer a vida nossas criações musicais é justamente tomarmos a frente da realização nossos projetos. Inclusive, eu discuto esse tema ao final do meu curso de “Processos Criativos Musicais”.
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Sobre o autor
Rafael Piccolotto de Lima foi indicado para o Grammy Latino como melhor compositor erudito. Ele é doutor em composição de jazz pela Universidade de Miami e tem múltiplos prêmios como arranjador, diretor musical, produtor e educador.
Suas obras foram estreadas e/ou gravadas por artistas como as lendas do jazz Terence Blanchard, Chick Corea e Brad Mehldau, renomados artistas brasileiros como Ivan Lins, Romero Lubambo, e Proveta, e orquestras como a Jazz Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica das Américas e Metropole Orkest (Holanda).
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