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Direção artística – do barzinho para a sala de concerto

Atualizado: 25 de set.

Tocar em grandes salas de concerto e em festivais, ou em um barzinho? O que você escolheria?São dois cenários bem distintos. O que será que faz com que certos músicos se apresentem em um ou outro espaço? Será que diferentes contextos exigem diferentes abordagens musicais e de direção artística?


A resposta é SIM! O perfil dos músicos e sua direção artística são bem diferentes nesses dois cenários.



Nos bares ou casas noturnas, os músicos geralmente direcionam o repertório para o estilo do público da casa ou o que está na moda. Neste cenário mais comum, muitas coisas acontecem simultaneamente, como uma boa conversa entre amigos, um jantar ou até mesmo um flerte. A música acaba ficando como pano de fundo para as diferentes interações entre as pessoas. Claro, há exceções de casas de show específicas, como o Blue Note e diversos outros bares de jazz, por exemplo, que são especializados e a plateia vai apreciar a música em silêncio.


Já em festivais ou salas de concerto, a música é a grande estrela. Neste outro cenário, o público chega com muita expectativa para ouvir, seja um repertório novo, original, ou os clássicos “direto na fonte”, muitas vezes pagando quantias altas pelo ingresso. Entender isso é um grande estímulo para os criadores musicais desenvolverem um trabalho único, com muita personalidade e maior direção artística.


Daí vem a importância de investirmos em nossos projetos, na criatividade e na produção. É importante exercitar a capacidade criativa, realizar trabalhos originais e ter uma visão artística. Mesmo que você não seja um compositor ou um arranjador e não queira escrever, é importante ter essa percepção estratégica e ser único a sua maneira. Isso é um dos principais fatores que diferencia os grandes profissionais daqueles que estão estagnados, replicando apenas o repertório de outros.


Romero Lubambo e Rafael Piccolotto Chamber Orchestra - Jazz at Lincoln Center (NYC)

Você precisa ser bom no que você faz, tocar bem, ter presença de palco e carisma, mas além disso, você precisa aproveitar as características que te fazem único. Isso te coloca em outro patamar. Por isso, não se limitem. Componham, escrevam arranjos, se dediquem ao constante aprimoramento, e sejam cada vez melhores criadores musicais. E mesmo que você não se sinta inclinado a compor ou arranjar, invista em parcerias com outros artistas que o fazem. Encomendar composições ou arranjos também são uma ótima opção. Esses são alguns dos principais passos que podem te levar aos grandes palcos em festivais ou salas de concerto!


Invista na SUA musica, naquilo que faz o seu coração bater mais forte!


Não é um caminho fácil, mas é o mais provável para fazer seus sonhos musicais em realidade!


 

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Rafael Piccolotto de Lima - Compositor, arranjador, diretor musical, produtor musical e educador
Sobre o autor

Rafael Piccolotto de Lima foi indicado para o Grammy Latino como melhor compositor erudito. Ele é doutor em composição de jazz pela Universidade de Miami e tem múltiplos prêmios como arranjador, diretor musical, produtor e educador.


Suas obras foram estreadas e/ou gravadas por artistas como as lendas do jazz Terence Blanchard, Chick Corea e Brad Mehldau, renomados artistas brasileiros como Ivan Lins, Romero Lubambo, e Proveta, e orquestras como a Jazz Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica das Américas e Metropole Orkest (Holanda).


Criadores musicais (conteúdo educacional):

Rafael Piccolotto de Lima (conteúdo artístico):
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